Segunda ela sorriu, o chamou de amor, o abraçou e tudo mais. Envolvida na sua felicidade de vitrine, agiu com os outros, com uma preocupação indiferente, fortalecendo ainda mais a tal felicidade. Ela sabe, inconscientemente; sabe que as pessoas agem em prol das outras, a fim de se integrar. E, também inconscientemente, joga com essa dependência do próximo, que todos nós temos. Ela finge se preocupar com você, mas deixa bem claro que não está nem ai, provocando na vítima uma sensação de exclusão, logo confundida com a de menos feliz e, também, logo comparada com ela, que a provocou. Vamos dizer que ela se sinta uma pop star, que trata bem todos os seus fãs, mas na verdade o tratamento é superficial, pois a vida é muito corrida.
E eu volto no assunto do texto passado: Ela também quer que sejam dependentes dela, da mesma maneira que ela é dos outros.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
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2 comentários:
Literato!
Gostei do "felicidade de vitrine".
;*
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